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Coração fechado

  • Foto do escritor: Júlio Oliveira
    Júlio Oliveira
  • 15 de fev. de 2019
  • 5 min de leitura

Atualizado: 2 de dez. de 2019

    São tantas decepções e amarguras durante a vida que você começa a perder sua essência e fechar seu coração? As tormentas da vida acaba lhe transformando em alguém sem carinho, atenção, compaixão e empatia pelo próximo. Vamos entender como tudo começa e perceber o que realmente acontece com nossa existência ?

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Quando nascemos chegamos ao mundo com muitas vibrações e desejos bons, pois somos muito bem vindos. Uma mãe sempre deseja ter esse filho desde que brincava de bonecas e o pai desde que se descobriu ser um homenzinho. Este é um desejo que deve ser muito importante para os pais com um filho, pois prepara um ambiente de aceitação e de acolhimento para ele.


Criança

     Desde cedo a criança se torna o que há de mais importante dentro dentro do lar, o centro das atenções, é colocado em um altar onde os pais só tem olhos para ele, e todos ficam o admirando, sendo lindo em tudo que faz, é lindo quando mama, qndo engatinha, quando anda, quando come, etc. Toda essa admiração faz com que a criança acredita que realmente é uma perfeição, um rei. Por volta dos 18 meses começa a se perceber no espelho, constrói sua imagem, seu ser, seu corpo e existência "_Eu sou perfeito". Quando começam a ser educadas e a ouvir críticas aquela imagem de perfeição cai por terra lhe causando uma decepção grande.. "_Eu tenho defeitos?".

Dependendo de como forem feitas estas críticas, a decepção será tão grande que a criança passará a não se aceitar como é, inconformada de estar tão longe da perfeição. Esta não aceitação de si tem como efeito imediato uma baixa dramática da autoestima que acabará causando muito sofrimento ao longo de sua vida. Isso acontece, em maior ou menor grau, com todos nós e, por isso, quase todos, temos nossos pontos fracos e nossos defeitos e dependendo do traumas que carregamos acabamos nos fechando para o mundo, fechando nosso coração. 


Se fechando

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     Desde pequeno, durante nosso crescimento nos abrimos para o maior sentimento, o amor. Para construir e manter um bom relacionamento, seja no âmbito profissional ou pessoal, é importante estar aberto e relacionar-se, a conviver e fazer trocas afetivas com as pessoas. Esta abertura, herdamos de nossa vivência com as pessoas mais próximas a nós, na nossa infância. Se tivermos boas experiências de convivência, com laços afetivos firmes e estáveis (eu não tive nada disso..kkkk ) que nos deram segurança e confiança nas pessoas a nossa volta, desenvolveremos a expectativa de encontrar mais tarde, outros bons relacionamentos como foram estes primeiros, e estaremos sempre abertos ao contato humano, sem reservas. Agora, se nossos relacionamentos iniciais nos deram alguma decepção forte ou geraram insegurança afetiva, podemos desenvolver um medo forte de nos abrirmos a relacionamentos futuros e sofrer com eles, desenvolvendo mecanismos de defesa que nos mantenham "a uma distância segura" das outras pessoas, nos deixando fechados para o contato humano.

    O medo de sofrer é a principal causa pelo qual fechamos o nosso coração, para melhorar essa situação é necessário tempo, e coragem para enfrentar essa dificuldade senão ela não será vencida e superada. Para quem se deixar dominar pelo medo, enfrentar esse trauma pode ser simplesmente impossível. Podemos relembrar que um dia tivemos medo de andar de bicicleta e para isso precisamos usar as rodinhas auxiliares para lidar com o medo e seguir tentando e praticando, até conseguir dominar a direção com sabedoria, prática, equilíbrio e confiança, assim conseguimos superar o medo.

     Não se pode mudar da noite para o dia, assim como não se pode abrir o coração tão facilmente, mas com a prática de sentimentos bons, aceitando as pessoas boas e sabendo abraçar a vida como algo bom e maravilhoso, você com certeza irá cada vez mais se tornar alguém com o coração aberto e cheio de amor.


Carências

      As experiências iniciais de nossa vida nos despertam carências muito variadas. "_Eu nem faço ideia de como é o carinho de uma mãe e a presença e o afeto de um pai nunca tive isso..rsrs". Durante o nosso crescimento não significa que passamos por falta significativas de sentimentos, mas por causa da nossa fragilidade e inexperiência, sentimos muitas destas faltas como traumas diversificadas. Estes sentimentos são no geral, gerados por frustrações, por não termos recebido, de nossos pais ou "da vida", algo que considerávamos como nosso direito. Expectativas que criamos na época e que não foram satisfeitas por diversas razões: falta de amor por ter sido criado por pais pouco amorosos(eles tinham problemas dos quais desconhecíamos), falta de autoestima(ninguém gosta de mim), falta de confiança em assumir nossos passos(medo de viver) falta de recursos (dinheiro, alimento, luz, agua, etc).

     A principal consequência destas frustrações é a fragilidade que elas provocam em algumas áreas de nossa personalidade que, depois vão influenciar, direta ou indiretamente, nossa maneira de lidar com a vida e com as outras pessoas, e consequentemente nossas relações em geral, nos deixando com o coração aberto ou fechado. Ao passar por essas situações, sentimo-nos frágeis, teremos a tendência de imaginar que as diversas situações da vida nos causaram dor e sofrimento, ao mesmo tempo em que teremos a projetar nossa fragilidade nas outras pessoas, imaginando que elas, nas mesmas circunstâncias, também sofrem. Podemos ficar inseguros, com a fantasia de que precisamos de alguém para nos completar ou apoiar, ou com uma tendência a nos compadecermos das pessoas em situações cuja dificuldade apenas nós vemos.

   Se nos sentimos pouco amados, por exemplo, podemos ficar, em nossos relacionamentos, excessivamente exigentes de amor, procurando compensação. isto pode nos levar a suportar situações terríveis para nós, como violência e humilhações por imaginar que não somos capazes de encontrar outra pessoa que nos ame, podemos, também, sobrecarregar as outras pessoas com nosso excesso de demanda por carinho e atenção, tornando-nos um fardo pesado para elas. Ao educar nossos filhos, podemos ficar com pena de vê-los sofrer e não conseguir dizer-lhes um não.


Autoestima

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     Se nossa autoestima ficou baixa, em todo encontro com outras pessoas tenderemos a tentar agradá-las para que gostem de nós, ficando incapazes de negar-lhes qualquer coisa e nos tornando escravos da nossa busca por estima e valorização. Com nossos parceiros ou filhos, a necessidade de que gostem de nós pode nos levar a fazer apenas o que eles querem para não perdermos o seu amor, e podemos ter a tendência de fazer tudo para eles, para provarmos o quanto somos bons.

     Enquanto estas carências de afeto forem significativas para nós, enquanto tivermos esse sentimento profundo de incompletude estaremos, o tempo todo, procurando alguém para nos completar. Entretanto, mesmo depois de insistirmos muito, mesmo depois de muitos encontros felizes com pessoas maravilhosas, será inevitável admitir que só quem pode nos completar somos nós mesmos. Insistir na demanda por completude pode levar a um vazio incontornável e ao fracasso de nossos relacionamentos amorosos.

    Para finalizar, rs ... normalmente quando você não supera tantas marcas e feridas tragas no decorrer de sua existência, dificilmente serão resolvidas sem um apoio profissional. Uma terapia ou uma análise pode ajudar a re-siginificar as experiências vividas, a abrir seu coração para a vida, para as pessoas, para o mundo e para você mesmo.


Você gostou ?

Espero que possa ter ajudado, lembrem-se essas PÁGINAS LISTRADAS estão abrindo o coração para que você consiga ser cada vez mais feliz em sua vida..

Abraços !!!



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