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PLÁSTICO BIODEGRADÁVEL

  • Foto do escritor: Júlio Oliveira
    Júlio Oliveira
  • 17 de out. de 2019
  • 9 min de leitura

Atualizado: 2 de dez. de 2019

    Este é um artigo que eu e meu grupo fizemos em uma matéria no curso de Gestão de Recursos Humanos, irei compartilhar com vocês uma pequena parte dele, afinal é bem grande pra ler, informando a importância da conscientização do cidadão perante a natureza e como o plástico é algo muito prejudicial ao meio ambiente. Caso sinta interesse em ler o artigo completo, entre em contato comigo, ok!


A ANÁLISE DO PLÁSTICO BIODEGRADÁVEL A PARTIR DE RESÍDUOS DE MANDIÓCA


RESUMO

A preservação ambiental é um dos termos mais comentados atualmente, deste modo o homem tem desenvolvido alternativas para minimizar seus impactos na natureza. Nesse sentido buscou-se explicar os problemas relacionados ao plástico e soluções que buscam diminuir o volume de descarte das embalagens convencionais no meio ambiente. Ressaltando que seu elevado consumo é descartado de forma inadequada gerando prejuízos ao planeta terra, já que sua decomposição alonga-se de 100 a 500 anos, enquanto o plástico biodegradável possui degradação mais rápida agredindo menos o meio ambiente e ainda servindo como compostagem para plantações. Assim, neste artigo foi utilizada uma das soluções que é o plástico biodegradável a partir da mandioca, fonte de amido que, com o extensivo plantio e abundante produção, é uma alternativa viável e resulta em excelentes produtos úteis nas indústrias. O amido natural na presença de um plastificante, submetidos a determinadas condições de temperatura e pressão, se funde se transformando em amido termoplástico. Assim o objetivo do trabalho é explicar suas qualidades e avaliar qualitativamente e quantitativamente o conhecimento do produto, e a utilização adequada do plástico comum em 100 habitantes da cidade de São João del-Rei , bem como os prós e contras dos mesmos.


Palavras-chaves: Plástico Biodegradável; Sustentabilidade; Mandioca.


1. INTRODUÇÃO

A humanidade mantém contato com o plástico diariamente, tanto em garrafas pets, utensílios de cozinha, sacolas de supermercado, brinquedos e outros objetos. Cerca de 4% do petróleo utilizado no Brasil segue para o setor de produção de plástico, e seu excesso acumulado no planeta é muito prejudicial à natureza, pois ele não se decompõe com facilidade, porém com todo costume enraizado dentro da sociedade eliminá-lo da população acaba se tornando uma tarefa difícil, mas substitui-lo de forma gradual é uma possibilidade. Impulsionado pela indústria de embalagens o uso do plástico cresceu de forma exponencial, assim viver sem ele parece algo utópico na atualidade, mas o que precisamos entender é que é possível mudar as barreiras de pensamento e ultrapassar as barreiras impostas pela sociedade do consumo.

Segundo dados da ONU estima-se que a produção do plástico em 2050 chegue a 33 bilhões de toneladas, se somar o tanto que já foi produzido com o valor citado, teremos uma proporção assustadora. Se hoje o montante acumulado já causa danos à natureza daqui algumas décadas irá destruir muito mais. As micropartículas dos plásticos, de acordo com especialistas estão entrando na cadeia alimentar marinha, matando até 100.000 animais por ano e esse é só um dos problemas, além dos oceanos existem também o solo e o ar. O consumo acessível de sacolas plásticas vão parar nos rios e aterro sanitário, se forem jogadas nas ruas podem entupir bueiros e aumentar as incidências de enchentes, inundações e, consequentemente, a retenção de mais lixos, contaminando o solo e a água com o chorume, também chamado de líquido per colado, já os gases que são produzidos durante a incineração e a falta de biodegradabilidade de grande parte dos plásticos são considerados dificuldade para o problema desse resíduo, esse fato se torna uma barreira para a indústria que alcance sucesso na fabricação de seus produtos com propriedades específicas que facilitem a sua degradação no meio ambiente (LIMA, 2001 apud Neto et al. 2011 p. 53).

Para tentar minimizar os efeitos negativos desse produto, foram criadas alternativas como o plástico biodegradável, que é capaz de se decompor mais rapidamente. Ainda muito dependente de tecnologia e informação e com grandes oportunidades de inovação, o plástico biodegradável são uma importante área de conhecimento. Os materiais utilizados podem representar um fator competitivo para diversos setores que dependem deles ou estão ligados de alguma forma, isso ocorre devido às exigências crescentes para o alcance da sustentabilidade. Diante dessa nova configuração se torna cada vez mais importante conhecer e dominar métodos de aplicação e oportunidades oferecidas por estes materiais e processamentos já existentes ou que ainda estão em desenvolvimento. Além disso, as empresas podem tornar o desenvolvimento dos novos produtos com a utilização dos plásticos biodegradáveis uma grande estratégia, pois eles podem atrair inovações tecnológicas muito benéficas para as mesmas (Ripa, 2010 apud Neto et al. 2011 p. 51).

Entre as matérias primas vegetais que vêm recebendo considerável atenção no cenário dos recursos renováveis, encontra-se o amido, que é encontrado abundantemente na natureza possui caráter renovável, custo relativamente baixo, é grande fonte de exploração econômica podendo ser convertida química, física e biologicamente em compostos úteis a indústria (DA Rôz et al. 2001 apud LARATONDA, 2002 p.2).


Para que o plástico biodegradável seja a melhor opção para os consumidores é preciso verificar a compreensão sobre o posicionamento dos mesmos, para que entendam a sua importância no meio ambiente e que tenham interesse em utiliza-los, visto que a atitude do consumidor influência positivamente ou negativamente na cadeia produtiva. Além disso, as pesquisas e fabricação dos plásticos biodegradáveis são recentes, e muitos dos consumidores não sabem de sua existência.

O objetivo do presente estudo é verificar quais as atitudes dos consumidores são-joanenses em relação ao plástico convencional e seu nível de conhecimento em relação ao plástico biodegradável, demonstrando os impactos dos plásticos produzidos por fontes renováveis, e os benefícios da sustentabilidade, além de apontar a importância da atitude do consumidor consciente. Para analisar 100 pessoas de São João del-Rei foi feito um questionário especificamente para clientes de supermercado devido ao elevado consumo de sacolas plásticas, resultando em avaliações qualitativas e quantitativas, verificando assim, o conhecimento sobre o assunto.


2. DESENVOLVIMENTO


Plástico

A palavra deriva do grego plastikós, que significa próprio para ser moldado ou modelado, por se tratar de um material extremamente flexível. A principal fonte de matéria-prima desse produto é o petróleo, sendo que atualmente sua fabricação absorve, cerca de 4% da produção mundial (PAJARES, 2012).

Em 1839, o americano Charles Goodyear (1800-1860) criou o processo de vulcanização da borracha, que transformava o material natural em um produto mais resistente às mudanças de temperatura. Décadas depois, em 1870, o americano John Wesley Hyatt (1837-1920) produziu celuloide a partir da celulose das plantas. O material era usado, por exemplo, para substituir o marfim na produção de bolas de bilhar. Mas a verdadeira revolução viria em 1907, quando o químico belga, naturalizado americano, Leo Baekeland (1863-1944) criou o primeiro plástico totalmente sintético e comercialmente viável, o Bakelite. Começava a era dos plásticos modernos, feitos à base de petróleo, carvão e gás natural.


A composição química do petróleo é modificada para que o homem tenha à disposição diferentes tipos de materiais para a produção de plásticos transparentes e coloridos. Assim nós mantemos contato com o plástico diariamente, tanto em garrafas pets, utensílios de cozinha, sacolas de supermercado, brinquedos e outros objetos. O excesso de plástico acumulado no planeta é muito prejudicial à natureza, pois o plástico não se decompõe com facilidade, podendo ficar no meio ambiente por até 500 anos, por isso é importante que a população tenha consciência de que os objetos e embalagens plásticas devem ser separados corretamente na coleta seletiva, a fim de serem encaminhados para a reciclagem e reempregados para a fabricação de novos produtos.


Conforme Guimarães e Albuquerque (2010, apud, SILVA, 2011, p.22), o saco plástico está presente em aterros sanitários, nas margens dos rios, nos quitais de casas e instalações rurais. O descarte desse material é um dos principais culpados pelas enchentes urbanas, devido o entupimento de bueiros dificultando o escoamento das aguas pluviais, pela poluição hídrica e causando a impermeabilização do solo de aterros e lixões.

São tantos plásticos descartados nas praias, que vão parar em um único local devido às correntezas oceânicas, se alojando no oceano pacífico e formando uma grande ilha de plástico. Especialistas fizeram uma varredura no local e constatou que o tamanho dela chega ser três vezes maior que a França, ficando perplexos com o tanto de material plástico encontrado.

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Figura 1: Ilha de plástico no oceano pacífico


Bioplástico

Enquanto o plástico sintético advém do carbono fóssil vindo do petróleo, os bioplásticos/biopolímeros utilizam o carbono de fonte renováveis, tais como o amido de mandioca, de arroz e de milho. As propriedades dos bioplásticos são idênticas às de um plástico comum, no entanto nem todos os polímeros a base de fontes renováveis são biodegradáveis, são materiais poliméricos classificados estruturalmente como polissacarídeos, poliésteres ou poliamidas. A matéria-prima principal para sua manufatura é uma fonte de carbono renovável, geralmente um carboidrato derivado de plantios comerciais de larga escala.

Pradella (2006) divide os biopolímeros em classes, considerando entre os mais significativos o polilactato, os polímeros de amido, o polihidroxialcanoato e a goma Xantana. Os polímeros de amido são polissacarídeos, modificados quimicamente ou não, produzidos a partir de amido extraído de mandioca. Pode ser utilizado na produção de embalagens e itens de descarte rápido e, em blendas com polímeros sintéticos, na confecção de filmes flexíveis.

Os plásticos biodegradáveis, ao contrário dos sintéticos, apresentam substâncias biodegradáveis onde os micro-organismos presentes no meio ambiente são capazes de convertê-las em substâncias mais simples, existentes naturalmente em nosso meio assim sofrem biodegradação com relativa facilidade, se integrando totalmente à natureza (CANGEMI et al. 2005).

Geralmente o processo de biodegradação de um plástico pode ocorrer em três anos ou menos, dependendo das condições que o ambiente pode proporcionar. De acordo com as imagens é possível perceber a decomposição de uma sacola plástica em 1 ano.


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Figura 2: Sacola biodegradável


3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na sociedade atual o consumo de bens é exagerado, exigindo o plástico para a fabricação de milhões de produtos. Materiais de embalagem, em grande parte, contribuem para a alta demanda de plásticos. Nosso estilo de vida rápido exige conveniência e por fim os alimentos findam por ser pré-embalados. A fabricação de embalagens de custo eficaz que protege adequadamente o produto é possibilitada pelo plástico, na qual é feito de petróleo, um recurso não renovável.

Embora o plástico que se utiliza na sociedade possa ser reciclado, a quantidade de resíduos sólidos gerados por ele está se tornando um problema. Nos últimos anos, os recursos naturais renováveis têm sido utilizados com sucesso para produzir o plástico biodegradável em determinadas condições de temperatura e umidade.

Os Plásticos biodegradáveis feitos a partir de recursos renováveis é um material inovador e importante, uma vez que diminui a dependência do petróleo e reduz a quantidade de resíduos, enquanto ainda produz um produto que oferece benefícios similares de plásticos tradicionais. Embora seja uma porcentagem pequena, ao longo do tempo a quantidade de petróleo empregado para produzir plástico contribui para o esgotamento dos combustíveis fósseis. A taxa de consumo influencia o preço global do petróleo, contribuindo para o atual aumento dos custos de matéria-prima.


Apesar da vantagem no critério ambiental, os plásticos biodegradáveis são mais caros e, por serem menos flexíveis, têm aplicações mais limitadas que os sintéticos. Além disso, produzir somente o plástico biodegradável não o torna a solução, sendo que sua estrutura molecular não substitui todas as utilidades do plástico convencional, sendo o mesmo usado em várias formas e tipos específicos na sociedade do consumo, pois o plástico biodegradável não é tão forte dependendo do clima e ambiente em que esteja exposto. Outra questão muito importante é que esse material se torna biodegradável somente nos locais adequados, devido à sua decomposição ser efetuada através de bactérias e fungos, devendo ser devidamente coletado e usado como adubo nas plantações contribuindo com o reflorestamento, deixando bem explicado que seu descarte em locais inadequados como ruas ou lixões é completamente ineficaz no seu processo de decomposição. Essa questão pode na verdade piorar o cenário ambiental, pois com a falta de conscientização da população poderá gerar um descarte ineficaz devido a má divulgação e explicação do mesmo.

Verificando os gráficos, de acordo com a população de São João del-Rei, foram observadas que a maior porcentagem dos entrevistados têm a consciência dos efeitos negativos que o plástico convencional causa ao meio ambiente, porém mesmo com total conhecimento a maior parte não realiza a separação do lixo residencial adequadamente, pois esse fator contribui para a coleta seletiva durante a reciclagem dos materiais. Também é evidente que o conhecimento sobre a sustentabilidade não os tornam conscientes, já que a maioria sabe seu significado, mas não contribuem, se comportando de maneira contrária. Outra questão é que os estudos influenciam relativamente nesse aspecto, pois pessoas com grau de ensino elevado não realizam a separação do lixo enquanto pessoas com grau mínimo, mesmo sem entendimento sobre as outras questões realizam tal ato, sendo uma questão pessoal de se conscientizar.

Fica evidenciado nessa pesquisa que somente o conhecimento sobre o assunto não é suficiente para corrigir o comportamento do consumidor e sim que sua atitude em relação ao plástico é muito importante para mudar o cenário atual que se encontra e minimizar e evitar o aumento desse problema.




E então!!! espero que possa ter orientado de forma plausivel essa situação em que no mundo se valoriza coisas fúteis enquanto esquecemos o maior bem que existe para toda nossa existência, a natureza. Caso sinta interesse em ler o artigo completo entre em contato.

Um forte abraço a todos !!!

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